O diretor da Finep Adriano Lattarulo
A Finep participou da missão brasileira na Conferência de Cooperação em Inovação entre União Europeia e países da América Latina e Caribe (EU-LAC Innovation Cooperation Conference), realizada em Bruxelas, este mês. Representaram a empresa o diretor Financeiro, de Crédito e Captação, Adriano Lattarulo, e a analista do Departamento de Cooperação Internacional, Vívian Pires.
A conferência, organizada pela Comissão Europeia, recebeu participantes de 29 países para o compartilhamento de melhores práticas, fortalecimento das ações em inovação no âmbito da Área Comum de Pesquisa União Europeia (EU) e Comunidade Latino-Americana e Caribe (CELAC), e para a estruturação de uma agenda comum em inovação.

O diretor Lattarulo fez uma exposição sobre o funcionamento da Finep no painel sobre Instrumentos de Apoio à Inovação. Ele destacou a experiência e os resultados do programa Finep Startup e a importância dos programas de descentralização de recursos, que garantem a difusão da C,T&I em todo o território brasileiro por meio de parcerias locais com instituições de fomento e as chamadas bilaterais com países europeus e o Eureka Globalstars. Adriano frisou ainda o impacto do apoio da Finep em empresas tomadoras de crédito ou de Fundos de Investimento.
No caso do crédito, um estudo comparativo realizado pelo IPEA no período de 2005 a 2014, com 1600 empresas similares em termos de setor, tamanho e situação econômica e fiscal, em que apenas metade teve o apoio da Finep, mostra que nessas aumentou em média 76% o pessoal empregado em áreas científicas e tecnológicas, em comparação com a outra metade que não obteve o apoio.
Já nos casos do apoio Finep por meio de seus programas de investimento em fundos, os resultados demonstram que, para cada real da Finep investido, R$ 6,62 foram alavancados por investidores privados.
Os debates realizados serviram como base para reflexões sobre formas de otimizar a cooperação internacional, e melhorar as condições de participação dos países da CELAC no novo programa-quadro de pesquisa e inovação europeu previsto para 2021, o Horizon Europe.
As modalidades de implementação da cooperação em inovação devem ser discutidas na próxima reunião de alto nível da Iniciativa Conjunta em Pesquisa e Inovação (JIRI em inglês), que deve ocorrer em 2020, no México.
Para esse encontro, a Missão Brasileira foi integrada pelo MCTIC, liderado pelo Secretário do Governo para Empreendedorismo e Inovação, Paulo Alvim, e ainda Embrapii, CGEE, CNI, FGV, USP, e representantes da Comissão Europeia baseados no Brasil.

O Laboratório Nacional de Computação Científica – LNCC, Unidade de Pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), inaugurou ontem (25/11) a expansão do supercomputador Santos Dumont, em Petrópolis (RJ). Com um aumento em torno de 360% em sua capacidade, esta será a maior plataforma computacional instalada na América Latina disponível para pesquisas em Ciência e Tecnologia. O presidente da Finep, Waldemar Barroso, participou do evento.
O projeto teve suporte financeiro oriundo da receita de um por cento do valor bruto da produção anual de petróleo do campo de Mero, situado no polo pré-sal da Bacia de Santos. A destinação de recursos para atividades de pesquisa e desenvolvimento é parte das obrigações do contrato de partilha de produção de petróleo.
O campo de Mero é operado pelo Consórcio de Libra e liderado pela Petrobras – com participação de 40% - em parceria com a Shell (20%), Total (20%), CNPC (10%) e CNOOC Limited (10%). O consórcio tem ainda a participação da companhia estatal Pré-Sal Petróleo (PPSA), que exerce o papel de gestora deste contrato de exploração e produção.
A capacidade de processamento do Santos Dumont passará dos atuais 1,1 Pflops para 5,1 Pflops (5,1 milhões de bilhões de operações matemáticas por segundo). Esta expansão permitirá que aplicações científicas possam ser executadas em um ambiente computacional capaz de oferecer resultados em menor tempo e com maior precisão.
Os benefícios dessa expansão serão imediatos nas centenas de projetos de pesquisa que alocam recursos do supercomputador para processamento e análise de dados. Todo pesquisador vinculado a uma instituição brasileira, com um problema relevante e que demande um sistema computacional de larga escala, pode submeter propostas para utilizar os recursos computacionais do Sistema Nacional de Processamento de Alto Desempenho (Sinapad), cujo nó principal é o Santos Dumont.
Criação
Inaugurado em 2015, o sistema foi desenvolvido e produzido na França pela empresa Atos/Bull, como parte do acordo Brasil/França em Computação de Alto Desempenho. Sua aquisição fez parte do Programa Estratégico de Software e Serviços de Tecnologia da Informação (TI MAIOR), do MCTIC. Os recursos para aquisição, instalação e operação do sistema no primeiro ano foram concedidos pela Finep, por meio de apoio de R$ 60 milhões oriundos do FNDCT - Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.
Com informações do MCTIC