Seu navegador no suporta java script, alguns recursos estarão limitados. Wanderley de Souza quer Subvenção com retorno à Finep em caso de sucesso
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Wanderley de Souza, presidente da Finep, durante palestra na SBPC.

O presidente da Finep, Wanderley de Souza, afirmou que vai propor que a Subvenção Econômica - instrumento não reembolsável voltado a empresas - tenha a previsão de retorno dos recursos empregados pela financiadora em casos de sucesso. Ele foi um dos convidados da palestra "Financiamento e gestão da inovação", na 68a Reunião Anual da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência).

"A Subvenção é importantíssima e a Finep tem de se orgulhar de operá-la. Mas é preciso que haja esta correção histórica", disse Wanderley, que esteve acompanhado de Álvaro Prata, secretário-executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), e de Glaucius Oliva, ex-presidente do CNPq e professor do Instituto de Física de São Carlos (IFSC).

De acordo com Álvaro Prata, instrumentos como a Subvenção, aliado a políticas públicas de educação, devem fomentar o empreendedorismo tecnológico brasileiro, que o secretário ainda considera incipiente. "A cultura científica e inovadora é pouco difundida. Como, por exemplo, produzimos tanto ferro no Brasil, mas importamos aço? Está é a nossa tônica na indústria", disse.

Ele explicou ainda que é fundamental despertar a inovação nas empresas e formar empreendedores. Glaucius Oliva concordou com o secretário: "os principais depositantes de patentes do Brasil são universidades, não as empresas. Esta é uma lógica que está equivocada. O locus da inovação é a empresa", afirmou.

Wanderley de Souza destacou que enxerga a Finep como a mediadora entre os ambientes acadêmico e produtivo, de modo a ajudar a corrigir a falha conjuntural dos agentes que lidam com inovação: "buscamos fazer a ponte esperada para alavancar a pesquisa nas empresas a partir de trocas com as universidades. Com a já anunciada liberação, pelo ministro Gilberto Kassab (MCTIC), dos recursos contingenciados, ganhamos fôlego. Desde novembro até 22 de junho já desembolsamos cerca de R$ 2,2 bi".

Prata complementou: "nossa ciência é boa, acreditem. Mas é preciso que haja a conversão em benefícios econômicos e sociais". O secretário teve o apoio de Glaucius Oliva, que destacou a importante missão da ciência local e aplicada.

"Entendamos que a sala de aula precisa de quadro e papel, mas também de ação. A ciência brasileira está pronta para atender a demanda por pesquisas aplicadas à solução dos grandes desafios nacionais. Vamos fomentar o empreendedorismo e sua aplicação nos setores da indústria e nas soluções e vocações brasileiras", finalizou Oliva.