Seu navegador no suporta java script, alguns recursos estarão limitados. Presidente da Finep participa de mobilização contra o Aedes em Petrópolis (RJ)
fechar
Compartilhar

 evento em petropolis 9 cortada

Wanderley de Souza, presidente da Finep (Foto: Joaquim Soares/Finep)

Conscientização! Essa foi a palavra-chave que norteou as ações de combate ao vírus Zika em Petrópolis, no sábado, 13, dia da Mobilização Nacional de Enfrentamento à Microcefalia. A abertura dos trabalhos se deu no 32º Batalhão de Infantaria Leve, onde o comandante tenente-coronel Jonas de Oliveira Santos Filho recebeu o presidente da Finep, Wanderley de Souza, o prefeito municipal Ruben Bontempo, o secretário de Saúde Marcos Curvelo, o líder do governo na Câmara dos Vereadores Tiago Damasceno, e Fernanda Fadel, diretora da secretaria da Defesa Civil.

Dirigindo-se à tropa, o comandante explicou que a ação estava voltada à conscientização da população sobre a necessidade de combater focos do Aedes Aegypti que, em Petrópolis, fez 165 vítimas de dengue em 2015 e três de 1º de janeiro até agora. Não foi registrado nenhum caso de Zika e Chicungunya.

A preocupação é com o retorno às aulas e a volta dos moradores que estavam fora da cidade. O encontro com a população aconteceu na Praça da Liberdade, no centro da Cidade, onde foi montada uma tenda para prestar esclarecimentos e distribuir panfletos esclarecendo os cuidados que devem ser tomados para evitar a contaminação pelo Aedes.

Bomtempo, médico de formação, elogiou a parceria com o Exército “por causa da credibilidade da corporação e da disponibilidade de pessoal”. Na verdade, são mais de 500 soldados percorrendo os bairros para inspeção, aferição do índice de infestação e esclarecimento. O trabalho envolveu, ainda, a guarda municipal, a vigilância sanitária, a secretaria de Saúde, e a Defesa Civil.

Presente ao encontro, o presidente Wanderley de Souza falou sobre a importância do combate ao vetor, explicando que o papel da Finep é apoiar as pesquisas para entender o Zika, e, com isso, começar a dar respostas à população. “É um vírus novo, parecido com o chicungunya, mas capaz de provocar microcefalia, alterações visuais e outras consequências ainda desconhecidas”, acrescentou. Médico dedicado às pesquisas em doenças infecto- contagiosas e parasitárias, Wanderley está convencido de que não é impossível acabar com os mosquitos, mas é possível combatê-lo para que fique restrito às matas.

Adiantou que no momento há 400 pesquisadores debruçados sobre o assunto. A grande novidade é o kit diagnóstico desenvolvido pela Fiocruz, com apoio da Finep, capaz de detectar a presença de dengue e chicungunya e, por exclusão, a Zika. “A parceria com os estados e municípios é fundamental, porque o mais importante é prevenir a infecção pelo mosquito, o que só pode ser feito com uma força-tarefa permanente”, concluiu Wanderley, que reservou o sábado para alinhar-se ao chamamento da presidenta Dilma Roussef.