Seu navegador no suporta java script, alguns recursos estarão limitados. Finep apoia INPO no avanço das energias renováveis do oceano com o projeto Centro de Energia Azul
fechar
Compartilhar

 

O projeto prevê o desenvolvimento de quatro tecnologias para produção de energia renovável offshore

 

Com apoio da Finep de R$15 milhões, o Instituto Nacional de Pesquisas Oceânicas (INPO), organização vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), criará o Centro Temático de Energia Renovável no Oceano - Energia Azul. O projeto prevê o desenvolvimento de quatro tecnologias para produção de energia renovável offshore, com o objetivo de viabilizar seu uso comercial em larga escala. Serão desenvolvidos equipamentos voltados à conversão de energia das ondas, correntes de maré, gradiente térmico do oceano (OTEC) e à produção de hidrogênio verde a partir de fontes renováveis offshore.

As propostas podem reduzir drasticamente as emissões na produção offshore de óleo e gás. Outras indústrias, como de fertilizantes, siderurgia, transporte e cimentícia também poderão empregar essas tecnologias apoiando a transição energética.

O diretor de desenvolvimento científico e tecnológico da Finep, Carlos Aragão, afirma que o projeto em questão foi bem avaliado, em especial a equipe envolvida, que apresenta qualificação e experiência elevadas. “O projeto demonstra o alcance de ações, como a Chamada dos Centros Temáticos 2024, para o desenvolvimento científico nacional e o seu impacto para a sociedade.”

Ao longo do projeto, serão desenvolvidos quatro equipamentos correspondentes às tecnologias estudadas: um conversor de energia das ondas, um sistema OTEC baseado em ciclo de Rankine com amônia para conversão de gradiente térmico do oceano, um módulo de produção de hidrogênio a partir de energia renovável offshore e uma turbina para correntes de maré. Esses equipamentos serão projetados, construídos e testados em ambiente laboratorial e operacional, permitindo validar desempenho, eficiência e confiabilidade para a construção de projetos-piloto.

Segundo o diretor-geral do INPO, Segen Estefen, o projeto tem importância estratégica. "A disponibilidade de recursos renováveis no oceano e a experiência brasileira em atividades offshore são diferenciais importantes. Podemos transformar o oceano em um aliado estratégico na transição energética, produzindo eletricidade, hidrogênio e água dessalinizada de forma sustentável."

Do valor total, R$ 4,3 milhões serão destinados a bolsas de pesquisa para estudantes de mestrado, doutorado e pós-doutorado, em colaboração com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Fundação Getulio Vargas (FGV), de modo a fortalecer a formação de especialistas e a produção de conhecimento no país.