Em uma parceria com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – Fiesp, e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – Senai-SP, a Finep lançou na segunda-feira (26/5) a versão em português da 4ª edição do Manual de Oslo 2018 – Diretrizes para Coleta, Relatório e Uso de Dados sobre Inovação. A publicação é a principal referência internacional para atividades de inovação, especialmente em empresas, sendo fundamental para a criação de políticas públicas e programas de incentivo à inovação.
O lançamento ocorreu durante a reunião de diretoria da Fiesp e contou com a presença do presidente da Finep, Celso Pansera, e do seu chefe de Gabinete, Fernando Peregrino, do presidente da Fiesp, Josué Gomes, do reitor da USP, Carlos Carlotti, além de presidentes e delegados de sindicatos filiados.
O público presente recebeu os primeiros exemplares da publicação. Ao todo, serão disponibilizados, na versão impressa, cinco mil livros, dos quais mil já estão prontos para distribuição.
Edição 2018
O Manual de Oslo, elaborado pela OCDE e pela Eurostat, é a principal referencial internacional para a coleta e interpretação de dados sobre inovação. Sua 4ª edição, publicada em 2018, amplia o escopo de análise da inovação, refletindo as transformações econômicas e sociais recentes, e enfatiza a importância da inovação não apenas tecnológica, mas também organizacional e social.
Conceito
O Manual define inovação como a introdução de um produto (bem ou serviço), processo, método organizacional ou modelo de negócios novo ou significativamente melhorado. Essa definição se aplica tanto a empresas privadas quanto a organizações públicas e do terceiro setor, desde que a inovação crie ou agregue valor.
Tipos de Inovação
1. Produto: novo ou significativamente melhorado bem ou serviço.
2. Processo: melhorias em métodos de produção ou distribuição.
3. Organizacional: novas formas de gestão, práticas de negócios ou relações externas.
4. Marketing: novas formas de promoção, embalagem, design ou posicionamento de produtos.
A inovação não se limita à pesquisa e desenvolvimento. Pode resultar da aquisição de tecnologia, conhecimento externo, mudanças incrementais e adaptação de soluções já existentes. A inovação aberta, colaborativa e orientada por missão, ganha destaque.
O Manual reconhece, ainda, que a inovação ocorre em setores tradicionais, em empresas pequenas, em serviços e no setor público. Destaca a importância de políticas públicas inclusivas, que abarquem diferentes tamanhos e tipos de organizações.
Medição e Indicadores
São sugeridas no Manual metodologias para mensurar a inovação a partir de dados qualitativos e quantitativos, avaliação de impactos econômicos, e análise do contexto institucional. O Manual incentiva a coleta de dados sobre colaboração, financiamento, barreiras à inovação e resultados esperados.
Objetivo
O Manual tem como finalidade orientar a formulação de políticas públicas mais eficazes, subsidiando decisões sobre financiamento, regulação e estratégias de fomento à inovação em economias complexas e dinâmicas.
A nova edição marca uma evolução conceitual, ao tratar a inovação como um fenômeno sistêmico, multidimensional e essencial ao desenvolvimento sustentável e à competitividade. Ela estimula uma visão mais ampla e realista sobre os processos inovadores, contribuindo para políticas mais inclusivas e eficazes.