A Finep acaba de assinar um convênio com o Musehum – Museu Das Comunicações Humanidades para preservação e difusão do maior acervo do Brasil de história das comunicações e tecnologias. Ele foi contemplado na chamada pública Recuperação e Preservação de Acervos 2024 com mais de R$ 6 milhões. O museu é a evolução do Museu do Telephone (1981) e do Museu das Telecomunicações (2007), sendo responsável pela guarda de 130 mil itens museológicos que narram a História das Comunicações no Brasil desde o século XIX.
O projeto tomará como ponto de partida uma revisita à Reserva Técnica do Musehum, que concentra um dos maiores acervos das comunicações na América Latina, com 130 mil itens dos séculos XX e XXI, em busca de novos significados para artefatos que estão, pouco a pouco, desaparecendo do dia a dia dos brasileiros (como listas telefônicas, telefones públicos e aparelhos de telefonia fixa).
“O governo federal, através do edital de acervos 2024, busca preservar a memória cultural e o conhecimento nacional. Esses recursos são necessários para garantir a proteção de patrimônios, que contam a história do país e sustentam a pesquisa científica, e promover o acesso público a esses acervos, fortalecendo a educação e a identidade coletiva”, disse Celso Pansera – presidente da Finep, que visitou as instalações do Museu acompanhado do seu chefe de Gabinete, Fernando Peregrino.
O acervo do Musehum é único no Brasil, pois reúne documentos, fotografias e objetos de extrema importância histórica, cuja origem volta à antiga CTB – Companhia Telefônica Brasileira, fundada em 1879 e nacionalizada com este nome em 1923 (da qual a Oi é sucessora). “O Musehum mantém simultaneamente um olhar para o passado, por meio da pesquisa sobre os diversos objetos históricos da sua Reserva Técnica. Desta forma, o objetivo é de não apenas preservar a memória das comunicações, mas também refletir sobre como as inovações impactam as relações humanas e moldam o futuro”, afirma Sara Crosman, presidente do Instituto Oi Futuro.
Serão realizadas pesquisas a partir do acervo, que se desdobrarão em exposições de longa duração no Musehum, conteúdos para o Programa Educativo, itinerância do acervo, seminário e publicações técnicas. O projeto prevê ainda melhorias na infraestrutura da reserva técnica, tratamento e digitalização do acervo, e atualização das áreas expositivas do Musehum, que atendem gratuitamente um público de mais de 100 mil pessoas e oferecem atividades educativas para cinco mil participantes anualmente. O principal objetivo da proposta é de preservação e difusão do acervo do Museu das Comunicações e Humanidades, que preserva uma coleção de objetos, documentos e imagens desde o século XIX.