Seu navegador no suporta java script, alguns recursos estarão limitados. Lições de Israel e da Alemanha
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Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, abriu a 9ª edição do ACE (Divulgação/Israel Ministry of Foreign Affairs)

 

Protagonistas entre os centros de tecnologia e inovação global, Israel e Alemanha sediam a 9ª edição do Americas Competitiveness Exchange on Innovation and Entrepreneurship (ACE), evento que busca divulgar as estratégias de ambos países a representantes da América Latina, Caribe e América do Norte. Desde domingo (24), especialistas de agências de inovação, bancos de desenvolvimento e ministérios de 17 países têm se reunido em Tel Aviv e Jerusalém para palestras e visitas a instituições de ensino e pesquisa israelenses. Em uma segunda etapa, o grupo segue para as cidades de Berlim e Dresden, na Alemanha. A Finep, uma das convidadas do evento, é representada pelo diretor de Administração, André Godoy, e pelo assessor da Presidência Newton Hamatsu.

A etapa israelense, que se estenderá até 26 de junho, foi aberta pessoalmente pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, no domingo (24). Em seu pronunciamento, o primeiro ministro destacou a importância do investimento em pesquisa científica e inovação para o país. E afirmou que os investimentos em conhecimento tecnológico são parte fundamente da estratégia de governo. “Em seu pronunciamento durante o jantar de abertura, o primeiro ministro deixou evidente que o desenvolvimento científico e tecnológico é prioridade máxima por aqui e uma ferramenta crucial para alavancar a relevância israelense no cenário global", diz André Godoy, o diretor administrativo da Finep. A financiadora brasileira já tem forte relacionamento com centros de pesquisa locais: o presidente Marcos Cintra visitou recentemente o país e seus principais núcleos tecnológicos, como a Universidade Ben-Gurion do Neguev.

Por meio do ACE, israelenses e alemães pretendem mostrar quais são os ativos econômicos que estão tornando esses países ótimos lugares para investir, pesquisar, desenvolver e testar novas tecnologias. Também possibilitarão aos visitantes conhecer como ambos governos ajudam as empresas locais a preencher a lacuna entre as ideias e o sucesso do mercado e as políticas e processos que conectam universidades, indústria e governo em torno da geração de conhecimento científico e mercadológico, bem como solução de desafios complexos que nenhum dos atores poderia resolver sozinho.

Em Israel, os participantes tem visitado startups de diversos setores e conhecerão tecnologias de ponta em áreas como segurança cibernética, cidades inteligentes, mobilidade, energia alternativa e realidade virtual. Eles também terão a oportunidade de se reunir com especialistas em ciência ambiental e manejo de rebanhos – além de ser berço de startups de tecnologia como Waze, Wix e Viber, Israel também criou um programa de melhoramento genético que levou o país a ser um dos recordistas mundiais em produção de leite.

No programa alemão, dividido entra a capital do país e o centro industrial da região da Saxônia, que se tornou sede de grandes empresas e centros de pesquisa desde a unificação do país em 1990, o grupo conferirá como funcionam in loco o processo de inovação nas Mittelstand (pequenas e médias empresas) e exemplos de interação entre instituições de pesquisa e corporações privadas. Entre as companhias a serem visitadas estão marcas mundialmente conhecidas da indústria automotiva, assim como startups de mobilidade, energia, saúde, digitalização e proteção ambiental.

Sobre o ACE

O objetivo do ACE – uma iniciativa da Organização dos Estados Americanos (OEA) e da Rede Interamericana de Competitividade (Riac) – é mostrar exemplos bem-sucedidos de empreendedorismo, inovação e parcerias público-privadas que contribuem para o desenvolvimento de países específicos nos níveis local, nacional e regional. O evento reúne diversos tomadores de decisão das Américas em uma jornada de cinco a seis dias em polos de inovação, empresas de ponta e instituições de ensino e pesquisa. O ACE possibilita a troca de experiências e conhecimento, construção de redes de relacionamento e estabelecimento de parcerias de longo prazo, o que fortalece o ecossistema de inovação e empreendedorismo das Américas.