Na sexta-feira (11/4), o presidente da Finep, Celso Pansera, junto de seu chefe de Gabinete, Fernando Peregrino, compareceu ao Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) para formalizar a assinatura do Termo de celebração dos projetos apoiados pela Finep nos últimos dois anos. Os contatos representam um investimento estratégico em áreas prioritárias como inteligência artificial, nanotecnologia, tecnologias quânticas e preservação da memória científica nacional.
A programação contou com visita técnica a instalações apoiadas pela Financiadora, como os Laboratório de Comunicação Quântica (Rede-Rio Quântica), o Laboratório de Tecnologias Quânticas e o Laboratório de Inteligência Artificial. Neste último, além de ter sido demonstrada a capacidade brasileira de produção de conhecimento na área, a publicação de um artigo produzido pelo CBPF na famosa revista científica Nature ganhou destaque: a descoberta de uma colisão de estrelas de nêutrons que dá origem a elementos pesados, fundamentais para a fabricação de componentes do maquinário voltado, tanto para tecnologias de informação, quanto para processamento de dados.
Além das visitas, Pansera ministrou a palestra "A Finep e o desenvolvimento da ciência e inovação do País", em que apresentou a relação da Financiadora com a história do país, relembrou a importância da preservação do acervo histórico-nacional brasileiro, apresentou as formas de atuação da Finep, e celebrou o orçamento histórico de R$ 12 bilhões destinados a recursos reembolsáveis e não-reembolsáveis para empresas e ICTs em 2024. A expectativa para este ano é de continuidade de recordes orçamentários, atingindo os R$ 14 bilhões em linhas de crédito. “Podem esperar, para os próximos anos, bastante investimento na ciência”, afirmou o presidente.
Na sequência, o documento de formalização foi assinado por Pansera, Márcio Portes de Albuquerque, diretor do CBPF, Francisco Roberto Leonardo, diretor da Fundação de Apoio Computação Científica (FACC), bem como por João Paulo Sinnecker, Vice-Diretor do CBPF e Fernando Peregrino.
Confira os convênios assinados na cerimônia:
● Centro Nacional de Memória da Física – Pavilhão Mário de Almeida (Encomenda Transversal – FNDCT)
O espaço abrigará o Hub da Física, um ambiente de colaboração entre pesquisadores de diversas áreas, voltado à inovação, ao intercâmbio científico e à formação de novos talentos. Com áreas expositivas, programas educacionais e espaços de pesquisa, o projeto promoverá o acesso público ao conhecimento, valorizando o patrimônio cultural e fortalecendo a posição do Brasil na ciência.
● Equipamentos Multiusuários para Física (Infraestrutura de Pesquisa em Unidades Vinculadas ao MCTI)
Voltado para a atualização e recuperação de equipamentos de sete Laboratórios Multiusuários do CBPF, através da aquisição de peças, partes e softwares para atualização e recuperação de equipamentos e adaptações locais, em um investimento aprovado de 14,2 milhões de reais.
● Expansão da Infraestrutura de Nanofabricação/Nanocaracterização – LABNANO (Chamada Pública MCTI/FINEP/FNDCT –PROINFRA)
Resultado da chamada PROINFRA 2023, o subprojeto “Expansão da Infraestrutura de Nanofabricação e Nanocaracterização do LABNANO” teve R$ 4.9 milhões aprovados para reforçar a infraestrutura de pesquisa e aumentar a competitividade nacional.
● Infraestrutura para Tecnologias Quânticas (Encomenda Transversal – FNDCT)
O projeto tem como objetivo dominar a tecnologia de fabricação, caracterização e operacionalização de bits quânticos e outros dispositivos supercondutores.
● Inteligência Artificial para Transformação Digital (Chamada Pública MCTI/FINEP/FNDCT/Centros Temáticos 2023)
O grande desafio hoje é transformar um volume imenso de dados astronômicos em descobertas científicas, usando inteligência artificial de ponta. Oprojeto visa desenvolver soluções inovadoras, colocando o Brasil na vanguarda da Astronomia baseada em dados e gerando inovação com forte potencial industrial.
● Expansão do CBPF no Parque Tecnológico da UFRJ (Encomenda Ação CT-Infra)
A estrutura atuará como hub de Inovação & Física, abrigando novos laboratórios e linhas de pesquisa, ampliando a presença da instituição no ecossistema de inovação do Rio de Janeiro epromovendo maior interação com universidades, empresas e startups.