Seu navegador no suporta java script, alguns recursos estarão limitados. Seminário patrocinado pela Finep reúne o presente e o futuro da ciência no Museu do Amanhã
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Márcio Girão, diretor de Inovação da Finep, participou da abertura do seminário no Museu do Amanhã (Foto: João Luiz Ribeiro/Finep)

Seis jovens brasileiros, com trajetórias de vida distintas mas igualmente inspiradoras, subiram ao palco do auditório do Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, na manhã de terça-feira, 11/04, para mostrar como é possível transformar realidades locais a partir de uma simples ideia. Patrocinado pela Finep, o seminário “Ciência para o Amanhã - Caminhos da Ciência, Tecnologia e Inovação para a Juventude” reuniu, na primeira parte do evento, vencedores do Prêmio Jovem Cientista e pesquisadores que, apesar da pouca idade, encontraram soluções concretas para desafios brasileiros.

“A juventude é a gênese do processo inovador, necessário para que o Brasil continue no concerto das nações desenvolvidas", destacou Márcio Girão, diretor de Inovação da Finep, que participou da abertura do evento ao lado do diretor do Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG), Henrique Oliveira, do presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Mário Neto Borges, e da gerente geral de Meio Ambiente da Fundação Roberto Marinho, Georgia Pessoa.

A carioca e hoje aluna de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Lorrayne Isidoro, 18 anos, é um desses exemplos de dedicação e persistência no campo científico. Mesmo sem ter conhecimento prévio sobre o tema, inscreveu-se na Olimpíada Brasileira de Neurociência, em 2015, ainda no ensino médio, e conquistou o segundo lugar do concurso com apenas três meses de estudo. E com um detalhe: os livros que a jovem conseguiu emprestado eram todos em inglês. “A dificuldade era dupla: ao mesmo tempo que lidava com termos técnicos desconhecidos, tinha de recorrer constantemente ao dicionário, já que não conhecia a língua”, conta Lorrayne. O esforço compensou: no ano passado, a então estudante do Colégio Pedro II participou novamente da etapa brasileira da disputa, foi a vencedora e ganhou a chance de representar o País na Olimpíada Internacional de Neurociência.

Com um pouco mais de bagagem do que os outros cinco jovens, Bárbara Rita Cardoso, vencedora do Prêmio Jovem Cientista 2015 na categoria Mestre e Doutor, apresentou sua pesquisa sobre a relação entre o consumo de castanha-do-Brasi (mais conhecida como castanha-do-pará) e a prevenção ao mal de Alzheimer, doença que afeta cerca de 44 milhões de pessoas ao redor do mundo. Durante o Mestrado na Universidade de São Paulo (USP), a pesquisadora avaliou a concentração nutricional de selênio em idosos com a doença, os quais apresentavam uma deficiência grave do mineral. Após seis meses de estudo com dois grupos de idosos (um que consumia uma unidade de castanha-do-pará por dia e o outro que não incluiu o alimento na dieta), conseguiu comprovar que a substância melhorou o desempenho cognitivo dos pacientes.

Além de Lorrayne e Bárbara, participaram do painel Joana Pasquali, ganhadora do Prêmio Jovem Cientista na categoria Estudante do Ensino Médio (2015) com uma fita, feita com filtro de café, que detecta substâncias tóxicas no leite; Edivan Nascimento, que conquistou o primeiro lugar do Prêmio na categoria mesma categoria (2013) após criar um filtro de purificação de água que utiliza caroços de açaí; Cristian Westphal, que comanda o “Ciência e Astronomia”, canal com informações científicas na web; e Raíssa Müller, inventora de um “esponja” para limpeza de rios e oceanos contaminados por óleo e hoje aluna da Universidade de Yale.