A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) obteve o registro do Kit ZDC, o primeiro do país com chancela da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que permite realizar o diagnóstico simultâneo de zika, dengue e chikungunya. O novo teste auxiliará as ações de enfrentamento da situação de emergência sanitária causada por essas três doenças. O Kit ZDC detecta o RNA dos três vírus através da plataforma tecnológica PCR em tempo real e o resultado é obtido no mesmo dia. O produto efetua o diagnóstico molecular com detecção e diferenciação da infecção. A inovação é fruto do trabalho integrado do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) com o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e o Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), sob coordenação do Ministério da Saúde. A Finep investiu mais de R$ 200 milhões contra o vírus zika em 2016, incluindo edital recente no qual apoiou iniciativas de instituições como a Fiocruz.
"Temos satisfação em entregar esta inovação à sociedade brasileira. Estamos mobilizados para responder à grave situação do vírus zika e da microcefalia, e esta é parte importante dos nossos esforços", disse o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha. Ele acrescentou que a ação é resultado do esforço do Gabinete Para o Enfrentamento à Emergência Epidemiológica em Saúde Pública da Fiocruz.
A aprovação da Anvisa para o registro do Kit ZDC foi publicada no Diário Oficial da União na última segunda-feira (19/12). Versátil, o kit pode ser usado para o diagnóstico laboratorial dos três vírus, para dois ou para cada um separadamente. O teste permite o diagnóstico na fase aguda da doença, quando os sintomas clínicos das três infecções se manifestam e necessitam de um diagnóstico laboratorial preciso e discriminatório. O diagnóstico precoce pode auxiliar na conduta clinica dos pacientes e na indução de providências adicionais relacionadas à vigilância epidemiológica e prevenção de novos casos.
Os primeiros lotes para atendimento ao Sistema Único de Saúde (SUS) já estão sendo produzidos. As entregas se darão conforme a demanda do Ministério da Saúde. A produção e nacionalização dos kits poderá representar uma economia aos cofres públicos, além do aumento da qualidade e confiabilidade do diagnóstico.
(Fonte: Fiocruz)