Seu navegador no suporta java script, alguns recursos estarão limitados. Assinado Memorando de Entendimento entre Finep e holandesa RVO
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acordo brasil holanda
O presidente da Finep, Wanderley de Souza (à direita)
e o diretor de Assuntos Internacionais da RVO, Bas Pulles, assinaram o acordo. (Foto: João Luiz Ribeiro/Finep)

Na terça-feira, 21/6, a Finep e a RVO - Agência Holandesa de Empreendimentos – assinaram um Memorando de Entendimento, na sede da financiadora, no Rio. Logo após a assinatura, as agências apresentaram um seminário em que foram apresentadas as oportunidades de cooperação internacional em Ciência, Tecnologia e Inovação entre os dois países e em programas da União Europeia. Participaram o presidente da Finep, Wanderley de Souza, o diretor de Assuntos Internacionais da RVO, Bas Pulles, a consultora de Ciência, Tecnologia e Inovação da RVO, Willemian Van Asselt, e o gerente do Departamento de Cooperação internacional da Finep, Carlos Ganem.

O objetivo do acordo é estabelecer parcerias de cooperação entre Finep e RVO, e entre institutos de pesquisa e empresas inovadoras do Brasil e da Holanda, para o desenvolvimento e fortalecimento de uma rede transnacional em cooperação científica, tecnológica e industrial, através da troca de experiências e do desenvolvimento de planos de ação e atividades em áreas de interesse mútuo. Também estiveram presentes ao evento o cônsul geral da Holanda no Rio de Janeiro, Arjen Uijterlinde, e consultor de Ciência, Tecnologia e Inovação do Consulado da Holanda em São Paulo, Nico Schiettekatte.

Cooperação efetiva

Durante a fala de abertura, o presidente da Finep afirmou que a agência “tem procurado focar a sua estratégia de cooperação internacional com poucos países, mas com os quais os acordos realmente se tornem interessantes do ponto de vista prático, indo além de simples intenção, para que possamos efetivamente alocar recursos de financiamento, além de estabelecermos pontes entre grupos brasileiros e estrangeiros”, disse. Wanderley ressaltou, também, a importância de se realizarem parcerias entre analistas das agências, para que os dois lados compartilhem o que têm de melhor. “Certamente há experiências inovadoras na RVO, e nós da Finep queremos aprender e também ensinar. Pretendemos estabelecer ações concretas logo em seguida”, afirmou.

O presidente lembrou dos recentes lançamentos dos editais da Finep, como o dirigido aos Centros Nacionais Multiusuários, a chamada para a infraestrutura aos Institutos de Pesquisa do MCTI, o de Apoio Institucional ao Sistema Nacional de C,T&I, o os R$ 230 milhões para pesquisas contra o vírus zika , além das áreas de foco atuação da financiadora, como saúde, recursos hídricos, agricultura, energia, defesa, engenharia, dentre outras.

Inovação contra a crise

Bas Pulles, diretor de Assuntos Internacionais da RVO, disse que “há diversas oportunidades de negócio e colaboração entre Brasil e Holanda, desde tecnologias de agronegócio – área em que os dois países são lideres mundiais – até novas soluções em energia, desafio em que o mundo inteiro está imerso”, afirmou. Segundo Pulles, a Holanda tem restruturado seu sistema de inovação, culminando na criação da RVO, há dois anos, para lidar com os desafios desencadeados pela crise econômica mundial, que teve seu ápice há poucos anos. “Sabemos que são nesses momentos que se deve investir ainda mais em inovação – cooperação e internacionalização são nossos focos no momento, nossa história de empreendedorismo nos move para novas parcerias. Estamos confiantes em estreitar agora nossos laços no nível das agências”, disse.

Na apresentação do conteúdo do Memorando, o gerente do Departamento de Cooperação internacional da Finep, Carlos Ganem, exaltou a oportunidade e o desafio a serem comemorados na parceria entre as agências: “a brasileira Finep, essa senhora de quase 50 anos, que é o verdadeiro banco de inovação do Brasil, e a RVO, uma jovem num país de extraordinária história e conteúdo de contínuas oportunidades”, disse. Os temas em destaques para o desenvolvimento das atividades de parceria, no âmbito do Memorando, são: Economia Circular; Bioeconomia, incluindo Biotecnologia, Química e Biocombustíveis; Energias renováveis e Eficiência Energética; Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental; Agricultura; Ciências do Mar; Mobilidade Urbana Sustentável; Aeronáutica e Espaço; Saúde; Tecnologias facilitadoras incluindo Nanotecnologia em TIC – Tecnologia da Informação e Comunicação.

80 bilhões de euros

A consultora de Ciência, Tecnologia e Inovação da RVO, Willemian Van Asselt, falou sobre possibilidades de cooperação em programas de inovação da União Europeia, especialmente em relação ao Horizon 2020, que integra ações de pesquisa e inovação em toda a UE e conta com um total de cerca de 80 bilhões de euros para investimentos. “A melhor resposta para momentos de crise é investir em pesquisa e inovação. O Horizon tem tornado os programas europeus mais acessíveis, menos burocráticos. Tenho certeza de que o Brasil tem muito a ensinar em várias áreas de excelência. A hora , mais do nunca, é de cooperação”, finalizou.