A Presidenta Dilma Rousseff inaugurou no sábado (7/6) a nova fábrica da HT Micron, empresa que produz chips para smartphones, telefones, computadores e outros produtos eletrônicos, em São Leopoldo (RS). No evento, a presidenta ressaltou a importância da parceria entre universidade, iniciativa privada e o Governo Federal, com menção à Finep e ao BNDES.

“Os recursos da Finep, a nossa agência de inovação, foram o apoio para se realizar esse sonho”, disse Dilma, em referência ao desenvolvimento dos projetos de encapsulamento de semicondutores da HT Micron, uma joint venture entre a sul-coreana Hana Micron e a brasileira PARIT. Durante a cerimônia, a Finep foi homenageada na pessoa de seu presidente, Glauco Arbix. Também estiveram presentes à cerimônia os ministros Clélio Campolina Diniz, da Ciência, Tecnologia e Inovação; Henrique Paim, da Educação; Miguel Rossetto, do Desenvolvimento Agrário; e Gilberto Occhi, das Cidades.

“Essa experiência mostra que este é o caminho para darmos o salto tecnológico necessário para que entremos na economia do conhecimento, para que levemos maior competitividade à nossa indústria", afirmou a Presidenta, que também citou o Inova Empresa, plano lançado em 2013, que já lançou 12 editais.

Nova fábrica

Com aproximadamente 10.000 m², a nova fábrica é considerada a mais moderna e ampla da América Latina no setor. Operando em fase de testes desde abril deste ano, a HT Micron já atingiu uma produção de três milhões de chips por mês. A expectativa é que dentro de dois ou três anos, a empresa produza até 360 milhões de chips por ano.

De acordo com pesquisa do International Data Corporation (IDC), o mercado de tecnologias da informação e comunicação (TICs) no Brasil é estimado em US$ 169 bilhões, um dos cinco maiores do mundo.

Para que o País aproveite esta janela de oportunidades, terá de enfrentar desafios, como a geração de novos modelos de negócios e formação de mão de obra qualificada. Esta foi a opinião do secretário de Política de Informática do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Virgilio Almeida, durante seminário em maio deste ano.

Segundo Almeida, o Brasil deve integrar os diversos setores da economia para fortalecer áreas estratégicas no segmento de TICs, como a produção de semicondutores. “Universidades, institutos de pesquisa e áreas de pesquisa e desenvolvimento das empresas têm de atuar de forma integrada e focada na excelência para que o nosso sistema de produção de ciência, tecnologia e inovação alcance o patamar desejado”, avaliou.

(Fontes: Portal Brasil e TV NBR)