Seu navegador no suporta java script, alguns recursos estarão limitados. Empresas precisam se internacionalizar para inovação avançar mais
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As empresas brasileiras precisam se tornar competitivas no cenário internacional para a inovação avançar ainda mais no País. Além disso, é preciso oferecer mais instrumentos de apoio às pequenas empresas e startups para que a competitividade do Brasil consiga chegar a um nível satisfatório. Estes foram alguns dos pontos debatidos no segundo painel do Fórum de Inovação, Infraestrutura e Produtividade, realizado nesta quarta-feira (4/6) pelo Estadão em parceria com a Finep, no Teatro CIEE, em São Paulo. 

Naercio Menezes Filho, do Centro de Políticas Públicas do INSPER, lembrou que o País passa por um momento crítico no setor industrial, “por conta de fatores como o declínio na produção da indústria e a estagnação da produtividade”. Para Nelson Fujimoto, secretário de Inovação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, “a questão da internacionalização da economia é fundamental” para mudar este cenário. “O Brasil tem se voltado muito para o mercado interno, poucos são os que olham para o mercado externo. E são estes poucos que inovam mais e se tornam competitivos”. Para Fujimoto, também é preciso dar atenção às startups: “Nenhum país tem sucesso sem olhar para as pequenas empresas. As empresas que se destacam hoje no Vale do Silício começaram como startups. É fundamental que as grandes empresas pensem nas startups como parceiras”.

O jornalista do Estadão Renato Cruz, que mediou o debate, citou exemplos de pequenas empresas que receberam ajuda de seus respectivos governos, através de fundos, e que hoje são grandes potências mundiais, como a Apple e a Google.

Para Naercio Menezes, é preciso “reduzir a proteção ao mercado local, permitir que pequenas empresas cresçam e sobrevivam, além de melhorar a qualidade da educação”. “As empresas que investem em P&D têm que ganhar em parcela de mercado”, opina o professor.

O grande salto no investimento em P&D pelo setor público nos últimos dez anos foi destacado por Nelson Fujimoto. “De 2000 a 2010, passamos de R$ 8 milhões para R$ 32 bilhões”, contou o secretário, salientando que no Brasil o setor privado investiu menos em P&D do que em outros países, nos quais a maior parte do investimento em pesquisa e desenvolvimento acontece no setor privado.

De acordo com o secretário, “esse período de dez anos foi fundamental para criarmos estrutura básica de pesquisa nas universidades”. “O Inova Empresa foi um marco dessa política. Agora, precisamos de um segundo ciclo de visão, que nos permita olhar a ciência e tecnologia para inovação nas empresas. A Plataforma do Conhecimento vai nesse sentido”.

Para Alan Hiltner, vice-presidente executivo da GranBio, a inovação no Brasil também enfrenta outros gargalos. De acordo com ele, “o sistema de proteção à propriedade intelectual brasileira é frágil”. “O Brasil está em 80° no ranking mundial de proteção intelectual”, destacou Hiltner, ressaltando o potencial do País. “Temos tudo para sermos uma potência ambiental e tecnológica”.